Nosso maior compromisso: cuidar do planeta!

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A existência dos seres e do planeta so dependem de uma atitude de sustentabilidade.

sábado, 28 de maio de 2011

"Ó SENHOR! FAZEI DE MIM UM INSTRUMENTO DA VOSSA PAZ"



FRANCISCO DE ASSIS

Foi batizado com o nome de Giovanni di Pietro di Bernardone tendo como data provável de nascimento, 26 de Setembro de 1.182, na cidade de Assis, na Itália. Filho do Sr. Bernardone, um rico comerciante de tecidos em Assis, homem rústico e a Sra. Maria Pical, mãe muito delicada e generosa. Foi um jovem particularmente alegre, simpático, humano, sincero, sensível, dotado de um caráter nobre e de um certo galanteio. Era trovador e cantor (não profissional).

Trabalhava auxiliando o pai na loja de tecidos. Apreciava e desejava a posição de cavaleiro. Viveu numa época de fortalecimento da classe burguesa (à qual pertencia) frente à aristocracia, da economia monetária em detrimento dos feudos - o que ocasionou alguns conflitos entre Francisco e Bernardone.

Generoso com os pobres não se despedia deles com as mãos vazias. Em seus banquetes ordenava que se preparassem pratos a mais para os menos afortunados de Assis. Em resumo, era um jovem, alegre, fino, risonho e benquisto por todos, rodeado pela afortunada juventude para sonhar com o futuro, gastar dinheiro e cantar serenatas às damas. Quando estouraram as cruzadas se predispôs a participar, motivado pela glória das vitórias. Em 1.201 os nobres desterrados em Perusa declararam guerra a Assis; Francisco, da mesma forma que seus companheiros, alistou-se no exército e pôs-se em marcha contra Perusa na planície de Espoleto.

No inverno de 1.201, Francisco caiu prisioneiro na batalha de São José, sendo levado para Perusa, ficando numa prisão por longos meses na obscuridade que somente seu ânimo alegre, a disposição de seu temperamento e o gosto pelo canto, o salvaram do desespero. \"Como quereis que eu fique triste, sabendo que grandes coisas me esperam? Costumava dizer, em tom de brincadeira, ao seu amigo. No fim do ano foi libertado, e voltando novamente se entregou a seus saudosos divertimentos da juventude e atividades na casa de comércio de seu pai. Francisco era pródigo. Ele desejava doar, oferecer o que possuía de melhor. O fazia ofertando poemas, compartilhando alegria, doando afeto - fosse aos seus companheiros de festas, fosse a um mendigo.

Mas, convenceu-se de que a prodigalidade do trovador, do amigo, do homem de ricas esmolas não era o bastante. A máxima prodigalidade seria alcançada no despojamento de tudo, a paz íntima seria conquistada na rota da simplicidade. Daí, o lema que adotou: castidade, pobreza, obediência. O fluxo pródigo do amor, do bem querer, encontraria na simplicidade o veículo mais eficaz de manifestação e esta, na paz, o esteio.

Adoeceu de uma doença longa e misteriosa que enfraqueceu seu corpo, mas o tornou forte em pensamento, sobretudo, seu espírito. O jovem alegre e exuberante começou a escolher o silêncio e a solidão, distanciando-se do centro da cidade. Francisco dedicou-se ao serviço de doentes e pobres. Um dia do outono de 1205, enquanto rezava na igrejinha de São Damião, ouviu a imagem de Cristo lhe dizer: \"Francisco, restaure minha casa decadente\".

O chamado ainda pouco claro para Francisco foi tomado no sentido literal, vendeu as mercadorias da loja do pai para restaurar a igrejinha. Como resultado, o pai de Francisco, indignado com o ocorrido, deserdou-o. Com a renúncia definitiva aos bens materiais paternos, Francisco deu início à sua vida \"unindo-se à Irmã Pobreza\". Francisco percorreu as localidades vizinhas pregando o evangelho. Muitos começaram a compreender o sentido da sua vida, manifestando o desejo de seguí-lo. O primeiro foi o sábio e rico de Assis: Bernardo de Quintavale. Depois veio Egidio, muito piedoso.

Morico, dedicado aos leprosos, Bósboro, futuro missionário do oriente, Sobatino, Bernardo de Viridiante, João de Constância Angelo. Quando a primeira fraternidade formou-se em torno do casebre de Rivotorto, Francisco elaborou um regulamento de vida que não se completou e junto aos onze companheiros foi a Roma para por à apreciação do Papa. Inocêncio III, que se limitou a conceder uma aprovação oral, encarregando Francisco de pregar a todos a Penitência. Em 1.212, a \"Fraternidade\", muito crescida, reforma a igreja de Porciúncola, perto de Assis e aí se estabelece.

O exemplo de Francisco é também seguido por Clara, e outra moças de Assis, que entusiasmadas pela vida e espiritualização dele, formaram posteriormente a Ordem Menor das Clarissas. Estimulado pelo desejo de testemunhar a Fé ao mundo inteiro, Francisco, tentara muitas vezes ir aos países não cristãos: parado por uma tempestade em 1.211 perto da Dalmácia e por uma doença na Espanha em 1.214, chegou ao Egito em 1.219; obteve do sultão autorização de pregar, abrindo estradas para as grandes missões.

Retornando a Assis, em 1.220, sofrido no físico e abatido no ânimo por notar incompreensões entre os frades durante sua ausência, Francisco renunciou ao cargo de Ministro Geral da Comunidade em favor do fiel companheiro Pietro Cattani. Em 29 novembro de 1.223, Onório III aprova o regulamento da Ordem dos Frades Menores. Enquanto pregava no Monte Alverne, nos Apeninos, em 1.224, apareceram-lhe no corpo as cinco chagas de Cristo, no fenômeno denominado \"estigmatização\". Os estigmas não só lhe apareceram no corpo, como foram sua grande fonte de fraqueza física.

Francisco de Assis viveu 44 anos, do inverno de 1.181/82 até o crepúsculo do sábado 3 de outubro de 1.226. O amor de Francisco tem um sentido profundamente universalista. Ele irmanou-se com todo o universo: foi irmão do sol, da água, das estrelas, dos animais e dos homens. O \"Cântico das Criaturas\", em que proclama seu amor a tudo que existe, é uma das mais lindas páginas da poesia cristã. Exemplo nítido de fraternidade, bondade e humildade, a grandeza de sua missão sempre ultrapassará todos os limites das palavras e referências escritas.



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